Plantas Alimentos/Bebidas

” A tecnologia de biofilme da MEMPHIS continua sendo vencedora de diversas concorrências pelo Brasil.

Recentemente a MEMPHIS recebeu dois novos contratos para a concepção, projeto e fornecimento da tecnologia CFIC®para as novas ETEs das cidades de Ouro Preto-MG (GSInima) e de Rio Verde-GO (BRK Ambiental). Esta tecnologia reduz o consumo de energia elétrica em até 50%, e a área ocupada em até 75%, reduzindo o opex e o capex dos empreendimentos.Contando com as tecnologias de biofilme MBBR, IFAS e o inovador CFIC®, além das tecnologias convencionais tais como as de lodos ativados, SBR e demais, a MEMPHIS possui referências de ETEs fornecidas em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Alagoas e Pernambuco.”

                                       REFERÊNCIAS SELECIONADAS

1 – CFIC® – Primeira Unidade no Brasil (Fábrica de Papel Tissue, em M. Cruzes-SP)

  • DADOS DE PROJETO:
  • ENTRADA (Após Flotador Primário) –
  • Vazão média = 2*170 m3/h
  • DBO média= 158 mg/L
  • DQO média= 314 mg/L
  • SST = 34 mg/L
  • Óleos & Graxas = 4 – 38 mg/L
  • Temperatura < 38 oC
  • CFIC® – Saída (Após Flotador Secundário, com dosagem de polímero) –
  • DBO  < 15 mg/L
  • DQO  < 60 mg/L
  • SST    < 20 mg/L.

2 – MBBR EM FÁBRICA DE PAPEL (OPEROU DESDE O ANO 2000 ATÉ 2020)

3 – MBBR EM FÁBRICA DE PAPEL (OJI PAPÉIS, PIRACICABA, SP)

-Qpico = 600 m3/h

-DBOmédia afluente = 250 mg/L

-DBOsaída < 20 mg/L

4 – MBBR EM LATICÍNIO (VIGOR)

(EFLUENTE FINAL PARA REUSO EM LIMPEZA)

5 – CFIC – MACEIÓ, AL (GSINIMA, 1.300 m3/h vazão média)

6 – CFIC – RECIFE (BRK AMBIENTAL, Q = 403 m3/h, VAZÃO MÉDIA)

-RESULTADOS LABORATORIAIS APÓS 15 E 40 DIAS DA PARTIDA:

7 – MBBR, BLUMENAU-GARCIA (BRK AMBIENTAL, Q = 317 m3/h, VAZÃO MÉDIA)

8 – MBBR, BLUMENAU-FORTALEZA (BRK AMBIENTAL, Q = 760 m3/h, VAZÃO MÉDIA)

9 – LISTA DE REFERÊNCIAS BIOWATER (NORUEGA)

MBBR é tema de Seminário realizado na ANA, em Brasília/DF

A ANA (Agência Nacional de Águas) realizou em Brasília, no dia 05 de março, o Seminário “Novas Tecnologias para o Tratamento de Efluentes”.

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O evento teve como objetivo informar aos técnicos da ANA e das empresas estaduais de saneamento tais como a Caesb, Saneago e Cesan entre outras, as novas tecnologias disponíveis para o tratamento de esgotos domésticos e de efluentes industriais.

Memphis Empreendimentos Ltda. esteve presente com o seu Diretor-Gerente Eng. Rubens Francisco Jr., apresentando a palestra entitulada “Tratamento de Efluentes Domésticos e Industriais – MBBR / IFAS”. Como pioneiro da tecnologia de biofilme MBBR/IFAS no Brasil desde o ano de 1999, o diretor Eng. Rubens Francisco Jr. discorreu sobre os diversos aspectos de concepção e projeto da tecnologia, apresentando estudos de casos no Brasil em plantas piloto e instalações em escala plena em indústrias e municípios, dados de plantas no exterior e avaliações de capex de instalações realizadas no Brasil. Outras palestras no mesmo dia versaram sobre o estado da arte do tratamento de esgotos no Brasil, e sobre o tratamento com membranas e a tecnologia MBR.

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NECESSIDADE DE PÓS-TRATAMENTO DO EFLUENTE DE UM REATOR ANAERÓBIO TIPO UASB (REATOR ANAERÓBIO DE FLUXO ASCENDENTE COM MANTO DE LODO)

1. INTRODUÇÃO 1.1) Histórico da organização A empresa Memphis – Empreendimentos Ltda. apesar de ter sido fundada inicialmente nos anos 90 para atividades diversas de fornecimentos, representação e montagens, alterou a sua atividade para atuar na área de tratamento de efluentes industriais e domésticos, a partir do ano de 2012. Trabalha com tecnologias próprias, e com a representação no Brasil da empresa norueguesa Biowater Technology AS, especialista no tratamento biológico de efluentes com tecnologia de biofilme. Ao longo dos últimos cinco anos, tem realizado o projeto, fornecimento e operação inicial de diversas estações de tratamento de efluentes (ETEs) e para clientes importantes, tais como as indústrias de laticínios Vigor, a AMBEV, a multinacional americana de papéis Kimberly-Clarck, e municípios de grande e de médio porte para o tratamento dos seus esgotos municipais, como nas cidades de Recife (PE, Guaratinguetá (SP) e Blumenau (SC). 1.2) Delimitação da área: tema, problema e objetivo O tema do presente trabalho foi escolhido quando o cliente que opera as ETEs de Blumenau (SC), pediu para apresentar a solução para o pós-tratamento do efluente de um reator anaeróbio de fluxo ascendente com manto de lodo (UASB), visto que esse reator não estava sendo suficiente para atender à legislação federal, que define um mínimo de 80% de remoção da carga poluidora medida como DBO (Demanda Bioquímica de Oxigenio), um importante parâmetro utilizado para se medir o grau de poluição de um determinado efluente; em outras palavras, a DBO mede o quanto aquele efluente vai consumir de oxigênio caso seja lançado ”in natura” no corpo receptor (nesse caso, o Ribeirão Garcia, afluente do Rio Itajaí). Além disso, a área disponível para a construção desse pós-tratamento é bastante reduzida, exigindo a adoção de tecnologia compacta. Dessa forma o tema do trabalho foi escolhido, com o problema definido e o objetivo bem claro – a necessidade de pós-tratamento do efluente. 1.3) Justificativa do projeto O projeto justifica-se pela importância do tema, principalmente pela necessidade urgente de implantar os tratamentos adequados, visto que a cidade de Blumenau concedeu o seu sistema de coleta e tratamento de esgotos à iniciativa privada para que os investimentos sejam feitos de forma técnica e economicamente adequados, e no menor espaço de tempo possível. O reator UASB encontra-se em operação, e precisa urgente de um pós-tratamento para adequar o seu lançamento no corpo receptor respeitando as legislações federais e estaduais. 1.4) Fundamentação teórica A legislação estadual exige uma remoção de DBO superior a 80%, ou lançamento de 60 mg DBO/L (Lei 14.675 –SC), sendo que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente exigiu, para esse projeto na cidade de Blumenau, uma remoção superior a 90%, o que leva a uma concentração de DBO no efluente a ser despejado no corpo receptor inferior a 40 mg/L (o esgoto bruto tem uma DBO em torno de 400 mg/L). Ora, de acordo com Jordão (2005), Tchobanoglous (1979), Von Sperling (2001), os reatores UASB podem atingir um máximo de 75% de remoção, sendo razoável esperarem-se resultados em torno de 60-75%. Vem daí a necessidade do pós-tratamento: melhorar a eficiência global do tratamento com a inclusão de uma nova unidade de processo ao tratamento existente de reator UASB. Outros autores, como Francisco (2014) e Rusten (1995), entre outros, recomendam o tratamento biológico aeróbio com a tecnologia de biofilme conhecida como MBBR (“Moving Bed Bio Reactor”), o reator biológico com leito móvel. Entre as vantagens descritas na literatura, encontram-se a pouca área ocupada já que se trata de reatores de alta carga com o emprego de meio suporte (“carriers”), a simplicidade operacional, a resistência a grandes variações de carga afluente, resistência a choques de carga orgânica e hidráulica, e a elevada  eficiência do processo. O trabalho vai apresentar: a eficiência real do UASB na ETE Garcia, em Blumenau (SC), as cargas afluentes envolvidas, a área disponível para o tratamento, o resultado do dimensionamento do processo MBBR para o pós-tratamento, e a eficiência encontrada após a entrada em funcionamento do mesmo. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1) Dados de entrada do esgoto bruto na ETE Vazão diária…………………………………………………………….. : 6.393 m3/dia Vazão máxima diária………………………………………………… : 7.615 m³/dia (88,14 L/s) Vazão máxima horária………………………………………………. : 400 m³/h DBO ………………………………………………………………………. : 280 mg/L DQO (adotado)…………………………………………………………. : 560 mg/L SST…………………………………………………………………………. : 329 mg/L Nitrogenio Total ………………………………………………………. : 41 mg/L Fósforo Total …………………………………………………………… : 9,5 mg/L Temperatura …………………………………………………………….. : > 18o C. 2.2) A eficiência real do reator UASB na ETE Garcia A média dos resultados analisados durante o período em que a vazão afluente era 50% da capacidade de projeto, ou seja 44 L/s, mostrou os seguintes valores de DBO: • Esgoto bruto = 443 mg/L • Efluente do UASB = 97 mg/L • Eficiência = 78%. Espera-se uma queda acentuada dessa eficiência quando atingida a vazão de projeto do reator UASB (88 L/s), confirmando a necessidade de pós-tratamento para muito em breve, visto que os aumentos de vazão continuam ocorrendo mensalmente à medida que novas residências e comérico são ligados à rede coletora de esgotos do município. 2.3) Cargas orgânicas para o pós-tratamento O pós-tratamento será dimensionado para a vazão de projeto da ETE e do UASB, que é de 88 L/s. A DBO a ser utilizada para esse projeto será maior do que a verificada com a operação do UASB com vazão reduzida, de 44 L/s. Em vez do valor médio atual de 97 L/s, optou-se por utilizar um valor maior, esperado para quando a vazão afluente atingir o valor previsto de 88 L/s. Para tanto, optou-se por utilziar o valor de DBO = 120 mg/L para o projeto do póstratamento com o reator aeróbio MBBR. 2.4) Área disponível para o tratamento Como se pode verificar pela foto, com o reator UASB no canto inferior esquerdo (junto ao rio), a área é densamente habitada, contanto com pouca disponibilidade de terreno para novas construções. Processos convencionais de tratamento aeróbio, como o de lodos ativados, não caberiam na área disponível. Sem título 2.5) Resultado do dimensionamento do processo de tratamento com MBBR O fluxograma abaixo mostra o resultado final da ETE Garcia, com o UASB existente, e o novo processo de pós-tratamento aeróbio com MBBR. O MBBR apresenta as seguintes características: Volume útil total dos reatores = 400 m3 Quantidade de linhas em paralelo = 1 Quantidade de reatores em série = 2 Tempo de retenção hidráulica = 1,3 horas Volume de “carriers” (ou biomedia) = 200 m3 Área superficial específica da biomedia = 650 m2/m3 DBO afluente = 120 mg/L Vazão de ar para o processo MBBR = 1.200 Nm3/h DBO esperada = inferior a 60 mg/L. 2.6) 2 2.6) Eficiência do processo na conclusão do projeto Os resultados após a conclusão do projeto, e computando os dados dos primeiros 45 dias de operação do pós-tratamento são: DBO do afluente ao MBBR = 97 mg/L DBO após o MBBR = 33 mg/L (inferior aos 40 mg/L esperados). Se analisarmos apenas os resultados de 15 dias corridos, após o primeiro mês de operação do MBBR, a DBO média do efluente é de 22 mg/L. A foto a seguir ilustra o aspecto do reator MBBR em operação. 3   3. CONCLUSÃO A ETE Garcia tinha necessidade de implantar um pós-tratamento para o reator UASB existente, devido ao fato de este não ser suficiente para atender à legislação estadual e municipal para a qualidade do esgoto tratado. O processo de tratamento escolhido, o MBBR (reator biológico de leito móvel) mostrou-se perfeitamente adequado para esse caso, pois: • Respeitou a pouca área disponível para a construção. • Atendeu com facilidade às expectativas para a qualidade do efluente final, pois está atingindo valores de DBO inferiores a 22 mg/L, quando se esperavam resultados da ordem dos 40 mg/L para atender à legislação. • Mostrou-se resistente às variações de carga afluente, sem que isto interferisse na qualidade do efluente final. • O seu custo de operação e manutenção é baixo. • O oxigenio necessário ao processo biológico é mantido dentro de uma faixa de operação – ”set-point” de 0,7-1,5 mg/L, mediante uma sonda de oxigenio dissolvido instalada na saída do primeiro reator, que comanda um inversor de frequência, que regula a rotação do soprador de ar. Desta forma mantem-se a eficiência, economizando energia elétrica. • Simplicidade operacional, requerendo muito pouca interferência do operador. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDREOLI, C.V. et al., A gestão dos biosólidos gerados em estações de tratamento de esgoto doméstico, Revista Engenharia e Construção, . 24, Curitiba, setembro/1998 FRANCISCO, Rubens Jr., Características da Nova Geração de Leito Móvel (CFIC), Revista Hydro, p. 38 – 45, São Paulo, outubro/2014 JORDÃO, Eduardo Pacheco; PESSOA, Constantino Arruda, Tratamento de Esgotos Domésticos, 4a. edição, Rio de Janeiro, 2005, 932 p. RUSTEN, Bjorn et al., Moving Bed Biofilm Reactors for Nitrogen Removal: From Initial Piloto Testing to Start-up of the Lillehammer WWTP, In: 68th. Annual Conference & Exposition, Water Environmental Federation, WEFTEC-95, Miami Beach, October 21-25, 1995 TCHOUBANOGLOUS, George, Wastewater engineering: treatment, disposal and reuse, Metcalf&Eddy, Inc. – 3rd Ed., Mc.Graw-Hill, Singapore, 1991 VON SPERLING, M., Lodo de Esgotos: tratamento e disposição final. Belo Horizonte, Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – UFMG, Companhia de Saneamento do Paraná, 2001, 484p